Fórum feminista da AWID Women’s Rights discutiu o retrocesso dos direitos das mulheres no Brasil e no mundo, na Costa do Sauípe (BA), e publicou moção de repúdio à situação semelhante à escravidão das trabalhadoras domésticas.
“Mulheres de todas as orientações, idades, etnias, enfim… mais de 1500 mulheres estiveram reunidas com a OIT, ONU Mulheres e outras organizações, para atividades interessantes em busca do desenvolvimento dos direitos das mulheres e do empoderamento feminino”, destacou Creuza Oliveira, presidenta da FENATRAD.
Manifesto
Sábado, 10 de setembro de 2016
Forum da AWID – Sauípe, Bahia, Brasil
Denúncia das condições de Trabalho Forçado, Escravo, Tráfico e análogo ao escravo das trabalhadoras domésticas
As trabalhadoras domésticas estão na vanguarda e na interseção dos movimentos pelos direitos das mulheres, direitos dos trabalhadores, direitos dos migrantes, e pela justiça racial. A exclusão legal e social das trabalhadoras domésticas são os legados vergonhosos da escravidão, o colonialismo, e da desvalorização do trabalho das mulheres. A Federação Internacional dos Trabalhadores Domésticos (FITD ) e a Federação Nacional das Trabalhadoras Domesticas do Brasil (FENATRAD) denunciam a trabalhos forçados, prisão ilegal, e as condições de trata das trabalhadoras domésticas como estão experimentadas por nossas irmãs no Líbano e em tantos países ao redor do mundo. Ainda, exigimos compromisso dos governos no combate a tais situações degradantes e contrarias aos mais básicos direitos humanos, garantindo fiscalização e punição aos responsáveis.
A liberdade de movimento, liberdade de associação, à integridade física e trabalho decente são direitos que devem ser usufruídos por todas as trabalhadoras domésticas, independentemente do status de migração, raça, etnia, sexo, origem nacional ou orientação sexual. Os direitos das trabalhadoras domésticas são direitos humanos, e os trabalhadores domésticos, a esmagadora maioria dos quais são mulheres, têm direitos que devem ser respeitados e protegidos!
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