Hoje nós comemoramos essa data com um misto de alegria e tristeza, afinal temos uma história de lutas que muito nos orgulha. Não foi fácil para aquelas companheiras que iniciaram essa luta sem dinheiro, sem liberação nos locais de trabalho, pouca compreensão de como organizar um sindicato, mas com a determinação das pessoas que sentem na pele o preconceito e a discriminação por ter reconhecido o valor do seu trabalho e o que ele representa na vida das pessoas. E é com esse sentimento que companheiras que já não estão mais entre nós iniciaram a luta.

Hoje nós lutamos não só por direitos; lutamos por reconhecimento do valor social do trabalho doméstico. Mas, também, contra esse golpe que coloca em risco os direitos conquistados, que não só os nossos mas, de toda classe trabalhadora. Pra quem é de luta como somos, não ficaremos de braços cruzados. Mesmo sabendo que a lei complementar 150/2015 não tem qualquer artigo que nos garanta o direito de greve, estaremos amanhã na rua dizendo não à reforma trabalhista, não à reforma da previdência e não a todos os retrocessos.

LUIZA BATISTA PRESIDENTA DA FENATRAD/CNTD