A secretária geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Creuza Oliveira, participou no último dia 30 (terça) em Porto Alegre (RS) do Seminário “Rumos da Democracia: O olhar da mulher negra sobre as reformas previdenciária e trabalhista”, promovido pelo Instituto Akanni de Pesquisa e Assessoramento em Direitos Humanos, Gênero, Raça e Etnia.
A primeira conclusão do debate norteou as conversas: as mulheres negras são as mais discriminadas em uma sociedade hierarquizada. Em momentos de crise econômica e política também são as primeiras a perderem direitos e serem criminalizadas. O fato foi defendido por Reginete Souza Bispo, coordenadora do Instituto Akanni.
Creuza Oliveira, ratificando fala da coordenadora do instituto, falou sobre os processos atuais de retrocesso para as classes trabalhadoras, principalmente sobre as trabalhadoras domésticas. “As reformas trabalhista e previdenciária, dentro desse processo, podem acarretar em perdas de direitos, principalmente com as inscrições das trabalhadoras domésticas no programa Microempreendedor Individual e a resolução do banco de horas, pois sem sindicato patronal as negociações são inexistentes”, disse a sindicalista.
Estiveram no debate, além das já supracitas representantes, o Ministério Público do Trabalho através de Rogério Uzun Fleischmann, Procurador-chefe; e Marilinda Marques Fernandes, advogada especialista em Direito Previdenciário. Creuza foi acompanhada da companheira Ernestina Pereira do Sindoméstico Pelotas (RS).