Reforma Trabalhista é um retrocesso

Aprovada pelo Senado nesta terça-feira (11), a Reforma Trabalhista retrocede em direitos conquistados e consolidados. Foram 50 votos a favor da reforma contra 26 que votaram contra o texto-base que altera a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

“Os senadores que votaram a favor dessa reforma prestaram um desserviço aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros”, disse Creuza Oliveira, Secretária Geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad). Para Creuza, todo trabalhador e trabalhadora não pode esquecer dos nomes e legendas daqueles que retrocederam com os direitos conquistados. “Ano que vem teremos eleições e nenhum desses senadores e partidos podem ser eleitos”, enfatizou a sindicalista.

De acordo com Luiza Batista, presidenta da Fenatrad, há pontos que atingem diretamente as Trabalhadoras Domésticas e acendem o sinal de alerta por conta das negociações poderem suplantar a legislação: “Pontos atingirão as trabalhadoras e trabalhadores domésticos, principalmente no que se referem aos negociados superarem o legislado; o contrato de trabalho intermitente é uma agressão e depreciará os salários, além de exigir mais esforço; as férias também precisam ser analisadas pois se as remunerações forem parceladas junto com o gozo, teremos mais um déficit de ganhos. A reforma é um retrocesso pois coloca o patrão com plenos poderes e as negociações atenderão a quem interessa e nãp a quem precisa”, disse.

Entre as principais mudanças está a negociação entre empresas e trabalhadores, que prevalecerá sobre a lei em pontos como parcelamento das férias, flexibilização da jornada, participação nos lucros e resultados, intervalo de almoço, plano de cargos e salários e banco de horas.

“Os futuros trabalhadores e trabalhadoras brasileiros encontrarão esse cenário desigual. Destruíram as grandes conquistas da CLT”, finalizou Creuza.

Votaram a favor da reforma os senadores:

Aécio Neves (PSDB-MG)

Airton Sandoval (PMDB-SP)

Ana Amélia (PP-RS)

Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Armando Monteiro (PTB-PE)

Ataídes Oliveira (PSDB-TO)

Benedito de Lira (PP-AL)

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)

Cidinho Santos (PR-MT)

Ciro Nogueira (PP-PI)

Cristovam Buarque (PPS-DF)

Dalirio Beber (PSDB-SC)

Dário Berger (PMDB-SC)

Davi Alcolumbre (DEM-AP)

Edison Lobão (PMDB-MA)

Eduardo Lopes (PRB-RJ)

Elmano Férrer (PMDB-PI)

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Garibaldi Alves (PMDB-RN)

Gladson Cameli (PP-AC)

Ivo Cassol (PP-RO)

Jader Barbalho (PMDB-PA)

João Alberto Souza (PMDB-MA)

José Agripino Maia (DEM-RN)

José Maranhão (PMDB-PB)

José Medeiros (PSD-MT)

José Serra (PSDB-SP)

Lasier Martins (PSD-RS)

Magno Malta (PR-ES)

Marta Suplicy (PMDB-SP)

Omar Aziz (PSD-AM)

Paulo Bauer (PSDB-SC)

Pedro Chaves (PSC-MS)

Raimundo Lira (PMDB-PB)

Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

Roberto Muniz (PP-BA)

Roberto Rocha (PSB-MA)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Ronaldo Caiado (DEM-GO)

Rose de Freitas (PMDB-ES)

Sérgio Petecão (PSD-AC)

Simone Tebet (PMDB-MS)

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Valdir Raupp (PMDB-RO)

Vicentinho Alves (PR-TO)

Waldemir Moka (PMDB-MS)

Wellington Fagundes (PR-MT)

Wilder Morais (PP-GO)

Zeze Perrella (PMDB-MG)

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