Em todo 7 de setembro as comemorações sobre a Independência do Brasil despertam o senso patriota e cívico dos cidadãos brasileiros. Militares desfilam, escolas mostram seus talentos e autoridades políticas assistem. O povo vai às ruas e as bandeiras brasileiras colocam o verde e o amarelo contra o vento. Orgulho? Sim!

Porém, ao mesmo tempo em que o senso de civismo permanece, o senso político aflora e milhares de cidadãos se juntam aos movimentos religiosos e sociais no Grito dos Excluídos.

Para Creuza Oliveira, presidenta do Sindoméstico Bahia e secretária geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), o grito significa o protesto daqueles que não querem tolerar tanta injustiça cometida por um governo corrupto e ilegítimo: “não podemos esquecer p que esse governo golpista tem feito. As reformas trabalhista e previdenciária são engodos políticos pronto para excluirem ainda mais. Por isso é importante que mais pessoas participem e demonstrem indignação”, disse a sindicalista que participou da Grito dos Excluídos em Salvador (BA) ao lado das companheiras Milca Martins e Maria do Carmo, além de Francisco Xavier e demais diretores do sindicato baiano.

Luiza Batista, presidenta da Fenatrad, participou do Grito dos Excluídos de Recife (PE) e disse estar orgulhosa pela quantidade de participantes: “Foram cerca de cinco mil pessoas. As principais TV’s desmerecem o movimento mostrando pouco e aproveitando espaços vazios mas a importância do Grito está no protesto pacífico e na oportunidade de reunião de diversas entidades convergidas num único evento, mas com vários protestos.

Em Aracaju (SE), a companheira Quitéria Santos marcou presença junto às demais companheiras sindicalistas.

O Grito dos Excluídos teve início em 1995 com o objetivo de aprofundar o tema da campanha da fraternidade naquele momento. Com o passar dos anos se tornou uma manifestação popular realizada durante os desfiles de comemoração pela Independência do Brasil. Simbólico, reúne vertentes religiosas e sociais em protestos muitas vezes inusitados. Sindicatos e outros movimentos sociais sempre deram o tom de protesto e cartazes e faixas sempre elevaram as participações desses grupos no anseio de mostrarem suas indignações.

Veja imagens:

Salvador

Recife

Aracaju