Publicada no dia 20 de abril de 2020
A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) saúda o projeto sem fins lucrativos que busca entregar assistência à população que precisa de atendimento médico através da telemedicina. A Missão Covid surgiu para atender pacientes por meio de videoconferências para ajudar o sistema de saúde do país a não entrar em colapso. A ideia é prestar o primeiro socorro aos suspeitos de estarem com o novo coronavírus e distinguir quem deve de fato procurar um hospital ou permanecer dentro de casa.
O oncologista Raphael Brandão é um dos fundadores da Missão Covid. No final de março, ele teve contato com uma pessoa que testou positivo após voltar de uma viagem aos Estados Unidos. Em quarentena e com uma sensação de impotência por não poder trabalhar durante o período, decidiu – ao lado do cardiologista Leandro Rubio e de um amigo de uma startup de tecnologia, Cristiano Kanashiro – desenvolver um site para atender os pacientes de casa. Em 72 horas após a primeira conversa do trio, a plataforma estava no ar.
Após divulgação “boca a boca” e pelo Instagram, a iniciativa deu certo. O site tem duas formas de cadastro: uma para os médicos que querem auxiliar o projeto e outra para os pacientes que apresentam sintomas da Covid-19. Até a tarde desta quarta-feira 15, a Missão Covid já havia atendido 19.934 pacientes e contava com 738 médicos voluntários para realizar o atendimento.
“Temos médicos de qualquer especialidade, porque precisamos de profissionais generalistas. A consulta é gratuita e funciona como um atendimento normal, só que o médico e o paciente estão nas suas casas. Não prescrevemos medicamentos que precisem de receita. A ideia é encaminhar ao pronto socorro aqueles que precisam de atendimento e manter o restante em casa, para não colapsar o sistema de saúde”, explica Brandão.
A iniciativa atingiu várias regiões do Brasil e do mundo. Até agora a Missão Covid já atendeu pessoas com suspeita de estar com coronavírus em 64 países. A iniciativa trata apenas pacientes que apresentam os sintomas e não outros tipos de problemas físicos ou doenças.
Com informações da Veja