FENATRAD cobra justiça para a trabalhadora doméstica assassinada no Rio de Janeiro

Publicada no dia 6 de agosto de 2020

Mais um crime bárbaro tira a vida de uma trabalhadora doméstica no Brasil. A vítima é Gilmara de Almeida da Silva, de 45 anos. Ela foi morta no último dia 30 – após ser espancada na casa dos patrões na Freguesia, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio – e foi abusada sexualmente antes de ser asfixiada. A informação consta no relatório do Instituto Médico-Legal (IML), que está com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Gilmara de Almeida da Silva
Crédito: UOL

O principal suspeito do crime é o cuidador de idosos que havia sido contratado há dois meses pelos patrões da vítima. Cláudio André Silva Antônio, de 40 anos, foi preso nesta segunda-feira (3), quando prestava depoimento na Delegacia de Homicídios.

A delegada Bianca Gebara Grune, da DHC, informou que foram encontrados vestígios de sêmen no corpo da vítima. Os investigadores farão um confronto do material encontrado no corpo da mulher. De acordo com Bianca, Gilmara foi socorrida por pessoas da casa onde estava, mas já chegou morta ao hospital.

A polícia trabalha com a hipótese de que outra pessoa tenha participado do crime.

Uma das filhas da vítima afirmou que Gilmara tinha desavenças com o suspeito do crime. “Ela relatava que tinha desavenças. Ele atrapalhava o serviço dela e maltratava a idosa. No entanto, ele nunca agrediu a minha mãe. A minha mãe não se sentia ameaçada, porque nunca foi algo tão grave. Não sei o que o levou a matar a minha mãe. Agora, descobrimos que minha mãe foi estuprada”, disse Milena de Almeida, 20, operadora de caixa.

A presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Luiza Batista,  cobra justiça. “A morte de mais uma companheira não pode ficar impune. Já vivemos tantas violências, com a retirada dos nossos direitos, tendo que estar trabalhando num momento de pandemia. Não podemos aceitar a impunidade. Que o autor do crime pague pelo que fez”, disse.

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