“Escravidão moderna deve ser crime inafiançável”, diz Luiza Batista

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A presidenta da Federação Nacional da Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Luiza Batista, manifestou repúdio ao caso de escravidão moderna descoberto na casa do professor universitário Dalton Cesar Milagres, na cidade de Patos de Minas (MG).

Em 28 de novembro último, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal libertaram Madalena Gordiano, de 46 anos, que há 38 vivia em cárcere privado. Primeiro, na casa da mãe de Danton, Maria das Graças Milagres Rigueira, que a ‘doou’ ao filho, para continuar a exploração. “É um crime que deveria ser considerado inafiançável”, sentenciou Luiza.

“É revoltante ver que após anos de luta para garantir reconhecimento e direitos, nossa categoria ainda seja ultrajada com notícias como essa, de uma mulher negra e pobre ser doada por uma professora, ao filho, também professor, para servir de escrava”, disse a presidente.

“Eles a obrigaram a casar com um parente, para conseguirem herdar privilégios e roubarem a pensão, que legalmente pertence a Madalena. É vergonhoso, dois professores, com responsabilidade de educar e formar cidadãos, serem protagonistas de crime tão atroz”.

Em nome da FENATRAD, Luiza se solidarizou com Madalena, desejando que ela siga sua vida livre, em paz e com sua dignidade e cidadania resgatadas.

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