Publicidade de 19 de fevereiro de 2021
A diretora da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Maria Isabel Castro, participou nesta quinta-feira (18), de ato público realizado pelo Movimento Negro Brasileiro, através da Coalizão Negra Por Direitos, com o objetivo de demonstrar aos governos municipais, estaduais e, especialmente ao Governo Federal, a reivindicação por vacina para todas e todos pelo SUS e por um Auxílio Emergencial minimamente digno.
De acordo com a entidade, o governo Bolsonaro defende um auxílio com três parcelas de R$ 200. O Congresso Nacional trabalha com a hipótese de quatro parcelas de R$ 250. A Coalizão Negra e da campanha Renda Básica defende o valor de R$ 600 até o fim da pandemia como um mínimo necessário.
A mobilização ocorreu em diversas capitais. Foram protocolados documentos com a exigência de auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia em todas as casas legislativas estaduais do país e em diversas câmaras municipais.
O Movimento afirma que a população negra é aquela mais afetada pela contaminação e pela morte por Covid-19, e também a que mais sofre com a miséria crescente, decorrente da pandemia. “Vacina e auxílio emergencial digno e consequente estruturação de uma renda básica permanente são políticas fundamentais para este momento”, pontua o movimento.
Para Maria Isabel Castro, as mulheres negras são as que mais sofrem com esta conjuntura atual e esta política. “O atual presidente que aí está, em vez de oferecer uma política de cuidado, está mais interessado em armar o povo Brasileiro”, avaliou.
Luiza Batista, presidenta da FENATRAD, afirma que o “Brasil tem dinheiro para socorrer os grandes empresários e os banqueiros e, portanto, deveria também manter o auxílio emergencial. Afinal de contas, o benefício também movimenta a economia do país”.
“Durante a pandemia tivemos cerca de um milhão e setecentas mil trabalhadoras domésticas desempregadas. Portanto, é de extrema importância que o Auxílio Emergencial seja renovado. Assim os trabalhadores terão uma fonte de renda que lhes permita, pelo menos, a alimentação”, disse.
Vacinas para as domésticas
“Entendemos que nós não desenvolvemos apenas uma função, temos os cuidadores, babás, sempre em contato com pessoas. Então, por que na hora da vacinação não lembraram de colocar as trabalhadoras domésticas como prioridade? É isso que a FENATRAD reivindica. Nosso serviço tem a ver com cuidado e com saúde”, destacou Luiza Batista.