FENATRAD participa de ato pelos três anos de morte da vereadora Marielle Franco

Publicada no dia 15 de março de 2021

FENATRAD participa de ato pelos três anos de morte da vereadora Marielle Franco

A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD) participou de ato simbólico, na tarde deste domingo (14), na Praça Aragão, em São Luís, para lembrar os três anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, e cobrar a punição dos mandantes do crime. A FENATRAD foi representada no ato pela secretária de Mulheres, Maria Isabel Castro, diretora do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas do Maranhão (Sindoméstico/Ma).

Ato três anos da morte de Marielle Franco

Com faixas, bandeiras e girassóis, os participantes fizeram um plantio de mudas da planta e exigiram justiça.

Marielle Franco era uma mulher negra, feminista, vereadora na cidade do Rio de Janeiro, e era uma ativista aguerrida dos direitos humanos. Segundo Luiza Batista, presidenta da FENATRAD, Marielle foi uma fiel defensora dos direitos humanos.

“Quatorze de março de 2021, três anos do assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson. Que medidas foram tomadas? Em que pé está a investigação. Até o momento os mandantes do assassinato de Marielle não foram punidos. Tudo que aquilo que fere os direitos humanos também é pauta da FENATRAD e dos nossos sindicatos. Exigimos que a morte de Marielle não caia na impunidade. Queremos saber: quem mandou matar Marielle Franco? O Brasil precisa dessa resposta”, afirmou a sindicalista.

Participaram do ato também representantes do Fórum Maranhense de Mulheres  Resistência/PSOL, e ativistas independentes.

Crime

A vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ) e seu motorista Anderson Gomes foram executados a tiros dentro do carro quando retornavam de uma atividade política. O crime completou três ano neste domingo (14).

A força-tarefa que investiga a execução afirma ter encontrado os assassinos e descoberto a dinâmica da noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, na região central do Rio.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos de Marielle e de Anderson. Os ex-PMs, presos nas penitenciárias federais de Campo Grande e de Porto Velho, vão a júri popular, ainda não marcado. Mas a polícia e o Ministério Público ainda não sabem: Onde está a arma do crime? Quem foi o mandante do crime?

Homenagens

Marielle Franco foi homenageada neste domingo (14), com a inauguração de uma placa, na Cinelândia, em frente à Câmara Municipal do Rio, no centro da cidade, em uma iniciativa da Prefeitura.

Na placa, que é similar às de identificação das vias e praças da cidade, está escrito “Vereadora Marielle Franco”. Há também duas frases: “(1979-2018) Mulher negra, favelada, LGBT e defensora dos direitos humanos”; “Brutalmente assassinada em 14 de março de 2018 por lutar por uma sociedade mais justa”.

Na fachada do prédio da Câmara Municipal foi estendida uma faixa preta que mostra uma pergunta: “Quem mandou matar Marielle?”

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), a Secretária Especial de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), o presidente da Câmara dos Vereadores, Carlo Caiado estiveram na cerimônia, que foi acompanhada também pelos pais de Marielle, Marinete Silva e Antônio Francisco Silva Neto; pela filha, Luyara Franco, e pela irmã, Anielle Franco.

Ativistas realizaram atos simbólicos em algumas cidades do país para homenagear a vereadora Marielle e cobrar das autoridades mais celeridade para descobrir quem é o mandante do assassinato da parlamentar.

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