Publicado no dia 27 de junho de 2022
A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), o Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Nova Iguaçu (Sindomésticas), a Articulação de Mulheres Brasileiras, a Guerreiras da Palhada e o Movimento Negro Unificado (MNU) realizaram, nos dias 24, 25 e 26 de junho, o Festival Nacional Escravizadas Nunca Mais.
O evento foi um sarau feminista, antirracista, anticapitalista pelo fim do feminicídio, genocídio no campo, florestas, favelas, periferias e quilombolas, contra a intolerância religiosa e pelo combate ao trabalho doméstico escravo.
Os organizadores ainda defenderam a pauta do meio ambiente sustentável e saudável.
O Festival teve debates, palestras, músicas, danças e poesias. Ele foi realizado de forma presencial e remota, transmitido pelo Facebook da FENATRAD.
A coordenadora-geral da FENATRAD, Luiza Batista, fez a abertura do evento. Segundo ela, “não basta resgatar as trabalhadoras domésticas da condição do trabalho escravo. É necessário acolher essas companheiras e orientar para que rumo elas deverão tomar após isso. Este debate vai possibilitar os sindicatos e a FENATRAD construir um documento onde possamos ter medidas mais efetivas no combate ao trabalho análogo a escravidão. Este é um importante trabalho e gostaria de parabenizar a todos os envolvidos”, disse.
Na ocasião, Luiza Batista declamou a letra da música ‘Nenhum Direito a Menos’, de Paulinho Moska.
A coordenadora de Atas, Cleide Pinto, afirmou que está realizada com a potência do Festival. “Foi o primeiro evento feito por nós e é um exemplo de que a mulher pode fazer o que ela quiser. Foi muito gratificante tudo que vivemos nos três dias do evento. Agradeço a todos que acreditaram no nosso Festival e nos apoiaram”, frisou.
O Festival reuniu integrantes dos sindicatos filiados à FENATRAD e representantes de diversas entidades de movimentos sociais. O evento contou com o apoio de instituições como a Federação Internacional dos Trabalhadores Domésticos (FITH), Frente Nacional Antirracista, Instituto Elas, Instituto Feminista para a Democracia, Centro de Ação Cultutal (Centrac), Rede de Desenvolvimento Humano (REDECH), Afro Rio, Projeto Mólé, Themis, ONU Mulheres, Ford Fourdation, Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), Criola, Afro Diálogos, Sindicato de Trabalhadoras Domésticas de Volta Redonda, Solidarity Center, Instituto Equit.