Publicado no dia 27 de outubro de 2022
A coordenadora geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Luiza Batista, concedeu, nesta quarta-feira (26), uma entrevista à Rádio Universitária, em Pernambuco, sobre a intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, de desvincular o reajuste do salário mínimo e de aposentadorias ao benefícios do índice de inflação do ano anterior.
Após a repercussão negativa do caso, o Ministério da Economia emitiu uma nota, na última quinta-feira (20), negando que o objetivo seja impedir o ganho real dos trabalhadores e pensionistas.
Segundo Luiza Batista, se o governo atual for reeleito, o trabalhador correrá este risco. “São contra medidas como estas que precisamos refletir e se posicionar. Basta termos bom senso e prestar atenção nos desmontes que vêm acontecendo”, disse.
A sindicalista ressaltou ainda a questão dos cortes em várias áreas que o governo Bolsonaro está realizando. “São cortes na educação, saúde, tratamento de câncer, que já é uma doença por si só terrível, e agora temos que conviver com a falta de recursos. O que nós temos mais o que refletir sobre este governo?”, questionou Luiza Batista.
Brasil de Fato
Segundo matéria publicada no dia 25 de outubro deste ano, no site www.brasildefato.com.br, “o ministro Paulo Guedes planeja enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao Congresso Nacional, caso Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito, que prevê salário mínimo e benefícios previdenciários, como a aposentadoria e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), sem correção pela inflação do ano anterior. Atualmente, os benefícios são corrigidos anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, o que garante a estabilidade do salário em relação ao aumento de preços para famílias que ganham até cinco salários mínimos”.