“No nordeste, as trabalhadoras domésticas têm um ganho líquido no valor de R$ 690”, diz Luiza Batista

Publicada no dia 29 de novembro de 2022

A coordenadora geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Luiza Batista, concedeu entrevista ao Canal TVT sobre os efeitos da Reforma Trabalhista para a categoria.

Segundo a reportagem, após a reforma trabalhista no governo de Michel Temer o salário diminui e a informalidade aumentou. Um número maior de trabalhadores e trabalhadoras passou a ganhar até um salário mínimo. Ao mesmo tempo, diminuiu o percentual dos que ganhavam acima do mínimo. 

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que mais de 34 milhões de trabalhadores estão na informalidade, incluindo a categoria das trabalhadoras domésticas.

“Muitos empregadores se viram numa situação de desemprego, e consequentemente, tiveram que demitir a trabalhadora doméstica para reorganizar o orçamento. E o arrocho salarial atinge muitas pessoas”, disse Luiza Batista.

A sindicalista afirmou ainda que na região nordeste as trabalhadoras domésticas têm um ganho líquido no valor de R$ 690. “É um grande arrocho. A situação ainda é pior para aquelas que trabalham sem formalização, ou seja, sem a carteira assinada. O golpe de 2016, não foi contra a presidenta Dilma, mas contra o povo brasileiro, principalmente, contra a classe trabalhadora. A ‘deforma trabalhista’ serviu apenas para tirar os direitos dos trabalhadores”, informou.

“Esperamos que no próximo ano tenhamos espaço para dialogar. Pois elegemos um governo progressista.  Apesar do congresso ter representantes do retrocesso, isso não vai nos esmorecer na luta”, concluiu Luiza Batista.

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