Publicado no dia 16 de março de 2023
A coordenadora de Atas da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Cleide Pinto, participa do Seminário Coletivo Nacional Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT), com o tema “Projeto Representatividade da Mulher Trabalhadora”. O evento ocorre nos dias 15 e 16 de março, no Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no município de São Paulo (SINDSEP).
Na ocasião, Cleide Pinto falou sobre a experiência da categoria durante a pandemia da Covid-19. “Nossa classe foi uma das mais prejudicadas no contexto da pandemia. Nosso serviço foi considerado essencial, muitas tiveram que trabalhar mesmo correndo risco de contágio da doença. Além disso, em alguns casos, as trabalhadoras domésticas iam trabalhar mesmo com os empregadores doentes. A sociedade não se preocupou com a nossa categoria”, disse.
“Antes da Covid e o ‘desgoverno Bolsonaro’, a categoria estava na expectativa da equiparação dos direitos, mas veio a doença e o desgoverno e a FENATRAD teve que aprender a fazer coisas que não tínhamos domínio, como a questão de lidar com a internet para podermos ajudar as trabalhadoras domésticas. Nos reinventamos e conseguimos dominar esta parte também. Foram quatro anos de muita luta e resistência com a ajuda de grandes parceiros, e agora estamos contando com a luz no fim do túnel, com a volta de Lula”, afirmou Cleide Pinto.
MEI
Cleide Pinto ressaltou a situação do Microempreendedor Individual (MEI) no trabalho doméstico. Segundo ela, os empregadores estão obrigando as trabalhadoras domésticas a fazer o MEI. “Não temos nada contra o MEI, mas no trabalho doméstico não cabe. Não somos microempreendedoras. Os empregadores estão pedindo os documentos das trabalhadoras e fazendo o MEI e dizem que assinaram a carteira. Este é mais um dos fantasmas que estamos tentando acabar”, afirmou.