“Creuza Oliveira representa essa verdadeira revolução”- Depoimento do então presidente do Congresso em matéria do Fantástico sobre a situação da categoria após 10 anos da PEC das Domésticas

A matéria do Fantástico também destaca o Conjunto Habitacional 27 de Abril, onde residem trabalhadoras domésticas em Salvador

Esta semana foi comemorado o Dia da Trabalhadora Doméstica e, neste mês, a PEC das Domésticas, importante reconhecimento dos direitos trabalhistas para a categoria, também completou 10 anos. Só que, apesar do avanço, muita coisa ficou parada no tempo, principalmente a forma como muitas trabalhadoras ainda são tratadas em pleno século XXI.

No livro “Eu, empregada doméstica. A senzala moderna é o quartinho da empregada”, a rapper e escritora Preta Rara conta a história da sua família e de mais de uma centena de mulheres.

“Minha mãe foi empregada doméstica, minha vó foi empregada doméstica também. Eu fui também empregada doméstica. Eu fui contratada para ser cozinheira e não podia me alimentar da própria comida. A minha mãe morava do lado da casinha do cachorro, comia comida estragada”, relembra ela.

A primeira mulher que ousou cobrar direitos, ainda na década de 1960, começou a ser frequentemente atacada. Laudelina de Campos Melo foi apelidada, em 1967, pelo então ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho, de “o terror das patroas”.

Cinquenta anos atrás, as domésticas conquistaram pela primeira vez o direito de ter registro em carteira. Mas outros benefícios que qualquer trabalhador já tinha, como recolhimento obrigatório de FGTS, pagamento de hora extra, pagamento de adicional noturno e carga horária de no máximo 44 horas por semana, só chegaram com a aprovação da PEC.

Veja outros depoimentos e saiba mais sobre a PEC das Domésticas no vídeo abaixo:

https://globoplay.globo.com/v/11578856/

Matéria transcrita do site do G1.

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