Publicado no dia 14 de agosto de 2023
O Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Município de São Paulo (S.T.D.M.S.P) e a Federação Domésticas de São Paulo realizaram, neste sábado (12), um ato em frente ao clube Sociedade Harmonia de Tênis, no bairro dos Jardins, em repúdio à discriminação sofrida pelas trabalhadoras domésticas no local.
De acordo com os trabalhadores, por meio de comunicado aos sócios, o clube estabeleceu regras sobre as vestimentas de babás e enfermeiras, além de restringir o acesso das trabalhadoras domésticas a determinados locais.
Segundo o comunicado, as roupas de babás e enfermeiras “deverão ser obrigatoriamente de cor branca”. No caso das babás, podem usar bermuda desde que até a altura do joelho e legging, se a camiseta branca – sem estampa ou transparência – tiver “comprimento próximo ao joelho”.
“Se estiverem cuidando de seus patrões infantis, as babás têm ‘permanência admitida’ no parquinho, quiosque e vestiário. Se as crianças estiverem em aula ou atividade esportiva, deverão permanecer à espera nos locais designados, não podendo utilizar as dependências de uso exclusivo dos sócios”, informa o documento.
Ainda conforme o comunicado, “se quiserem se alimentar, as trabalhadoras domésticas o podem fazer desde que acompanhadas das crianças. E “exclusivamente” nas mesas que ficam entre o quiosque e a piscina ou em frente ao balcão da lanchonete. Os restaurantes estão vetados, a não ser que as trabalhadoras estejam acompanhadas das crianças e dos patrões”.
Para Silvia Maria dos Santos, presidenta do S.T.D.M.S.P, “é inaceitável que nos dias de hoje aconteçam ainda essas coisas. Em solidariedade às babás e em defesa de seus direitos é que estamos nesse movimento. É uma oportunidade para que possamos mostrar nossa determinação em enfrentar a discriminação e promover um ambiente inclusivo e de respeito para as babás e para todas as profissões. Pedimos respeito e igualdade para nós, trabalhadoras”, disse a dirigente ao Brasil de Fato.
O ato contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), do Sindicato dos Comerciários, associados, e o professor doutor da Faculdade de Direito da USP, Jorge Luiz Souto Maior.
Com informações do site Brasil de Fato.