FENATRAD realiza Seminário Regional Norte das Trabalhadoras Domésticas, em Macapá

Publicado no dia 30 de agosto de 2023

A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), dentro do seu plano de ação, realizou o Seminário Regional Norte das Trabalhadoras Domésticas, na cidade de Macapá, nos dias 19 e 20 de agosto, na sede dos Bancários do Amapá (SINTRAF). O tema do evento foi “Resistência e Luta por Direitos”.

A presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Amapá, Olendina Nunes, deu início aos trabalhos e ressaltou a importância do evento e o pioneirismo do seminário.

Dentre as atividades, foram realizadas palestras, oficinas e momentos culturais. Os seminários regionais contam com o apoio do Fundo Elas e as parcerias da CUT Brasil, Contracs CUT, Ford Foundation, Themis, Conlatraho, ONU Mulheres Brasil e Solidarity Center.

Na ocasião, foi realizada a palestra sobre “Racismo estrutural no ambiente do trabalho e seus impactos na sociedade”, ministrada por Alzira Nogueira, representante da Central Única das Favelas (Cufa) no Amapá, uma vez que muitas trabalhadoras domésticas, em sua maioria negras, ainda têm poucos conhecimentos sobre o tema. Após a palestra, acorreu um debate com relatos das participantes sobre atitudes dos seus empregadores.

Houve ainda uma roda de conversa sobre “Direitos trabalhistas e trabalho análogo à escravidão”, com a advogada Maria Caroline Lobato.

No dia 20 de agosto, a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Acre, Ana Maria, fez uma palestra sobre “10 anos PEC das Trabalhadoras Domésticas”.

Em seguida, foram iniciados os grupos de reflexões para avaliar o trabalho do sindicato para a melhoria da valorização do trabalho doméstico.

O seminário foi encerrado com a participação especial do Grupo Cultural Movimentos Negro Unificado (MNU), representado pelas professoras Graça Sena e Preta Cleia.

“O encontro foi gratificante para todas nós, tivemos um retrato de como as trabalhadoras estão sendo desvalorizadas. É necessário que nos unamos em uma só voz para que haja mais comprometimento por parte da classe patronal”, avaliou Olendina Nunes.

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