Creuza Oliveira concede entrevista ao Programa ‘Senta que Temos História’, do Grupo A Tarde

Publicada no dia 6 de março de 2024

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na próxima sexta-feira (8), o projeto ‘A TARDE Memória e REC’, do Grupo A Tarde, destaca a categoria, que além de levantar suas bandeiras, auxilia de forma crucial na emancipação política de outras mulheres: as trabalhadoras domésticas. Sem o trabalho delas muitas outras mulheres não poderiam estudar ou ter uma carreira profissional.

Com o tema “Trabalhadoras Doméstica têm travado luta incansável”, as apresentadoras Cleidiana Ramos e Priscila Dórea, do programa ‘Senta que Temos História’ entrevistaram a presidenta de Honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD) e secretária de Formação Sindical e de Estudos do Sindicato das(os) Trabalhadoras(es) Domésticas(os) da Bahia (SINDOMÉSTICO/BA), Creuza Oliveira.

Na ocasião, a ativista do movimento das trabalhadoras domésticas e do movimento de mulheres negras detalha as conquistas e desafios da categoria. Creuza Oliveira conta a sua trajetória de luta, trabalhadora doméstica desde os 10 anos de idade. Ela iniciou sua participação no movimento sindical na década de 80, e hoje é uma das principais representantes da categoria no Brasil.

“A nossa luta contribuiu para a emancipação de muitas mulheres na sociedade, para que essas mulheres pudessem sair para estudar e trabalhar. Desde a casa grande e senzala, as mulheres pretas desempenham este papel como as amas de leite para que as mulheres brancas não tivessem seus seios caídos. Muita coisa mudou, mas a nossa categoria ainda enfrenta situações terríveis, como abuso, violência, trabalho escravo, entre outros”, disse Creuza Oliveira.

Creuza Oliveira ressaltou ainda a importância da PEC das Domésticas. “A PEC foi uma reparação à nossa categoria. Nós sonhávamos com o FGTS e as horas extras. Foi uma batalha muito grande. Desde há década de 30 que estamos lutando por esses direitos. Mas ainda lutamos para que esses direitos adquiridos de fato sejam cumpridos”, informou.

“Os direitos para a nossa categoria veio “pingando”. Primeiro, veio a carteira assinada, depois 20 dias de férias, e o INSS, que pasmem, para a trabalhadora doméstica contribuir com a previdência precisava apresentar antecedentes criminais. Os três poderes nos emprega, o legislativo, executivo e o judiciário. Temos uma batalha na justiça do trabalho, pois todos os juízes e juízas que estão lá são nossos empregadores”, frisou.

Confira a entrevista completa.

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