A secretária-geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Creuza Oliveira, participou de seminário sobre o combate do trabalho escravo na Bahia, realizado pela Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo na Bahia (Coetrae-BA), nesta quarta-feira (18), no Ministério Público.
O encontro promoveu debates e reuniu parceiros da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado (SJDHDS), além de representantes dos movimentos sociais.
Constou na programação temas como: O Contexto Mundial do Trabalho Análogo a de Escravo; Desafios e Inovações do Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo; O Papel da Assistência Social no Pós Resgate, dentre outros.
“Este debate se faz necessário pois o trabalho escravo ainda é uma realidade no Brasil. Entre 2014 e 2019, 238 trabalhadores foram resgatados em situação de trabalho análogo ao escravo no estado”, afirmou Creuza Oliveira.
A situação do trabalho escravo na categoria das domésticas é ainda mais difícil. “Os fiscais do trabalho não podem adentrar nas casas por se tratar de âmbito privado. Apesar disso, já foram resgatadas trabalhadoras domésticas em residências. É um número muito grande. Precisamos fazer um trabalho de conscientização para que as pessoas que tem conhecimento dessas condições de trabalho façam as denúncias”, concluiu a sindicalista.